Black Friday: Como Proteger os Seus Clientes de Retalho de Ataques de Ransomware
A Black Friday é uma das épocas mais exigentes para o setor do retalho. Os picos massivos de tráfego online, as promoções agressivas e a pressão para manter os serviços disponíveis aumentam significativamente o risco de ataque. Os cibercriminosos estão conscientes disso e aproveitam esta saturação para lançar campanhas de ransomware, tentativas de phishing e ataques à cadeia de fornecimento, que visam perturbar operações, roubar dados sensíveis e causar o máximo impacto.
Vários casos recentes confirmam esta tendência. Em maio deste ano, a retalhista britânica Marks & Spencer sofreu um ataque de ransomware que levou ao encerramento temporário da loja online, com um impacto estimado de até 300 milhões de libras num único exercício fiscal. De acordo com um inquérito liderado pela WatchGuard, realizado junto da comunidade Canalys, 39% das organizações consideram o ransomware a ameaça mais preocupante durante períodos de elevada atividade. Este contexto apresenta um desafio claro: garantir resiliência digital no momento de maior pressão operacional.
O Desafio para os MSPs: Antecipar, Priorizar e Responder
O maior desafio nesta época não é apenas identificar ameaças, mas antecipá-las antes que afetem a continuidade do negócio. Os ambientes de retalho geram quantidades elevadas de dados e tráfego de rede provenientes de sistemas de ponto de venda, plataformas de e-commerce, inventário conectado, sistemas logísticos e serviços na cloud. Sem uma visibilidade unificada, este volume de informação pode ocultar sinais críticos que indiquem um ataque em curso.
Enquanto MSP, é essencial compreender rapidamente quais os incidentes que têm impacto real e quais podem ser descartados, para evitar que as equipas fiquem sobrecarregadas ou atrasem ações essenciais. A falta de contexto entre as diferentes camadas de segurança — desde a rede e endpoints até à identidade e à cloud — torna esta tarefa difícil e aumenta a probabilidade de falhar um incidente crítico no pior momento possível.
Segundo o Internet Security Report 2025 da WatchGuard, o número de ameaças persistentes avançadas (APTs) detetadas em endpoints no segundo trimestre deste ano aumentou 524% face ao mesmo período de 2024. Isto reflete um claro salto na sofisticação e no volume de ataques, que afeta diretamente a sua capacidade de resposta.
É aqui que uma solução XDR como o ThreatSync faz a diferença. Ao consolidar e correlacionar automaticamente dados de segurança de múltiplas camadas — rede, endpoints, cloud e identidade — a plataforma proporciona uma visão completa e contextualizada de cada incidente. Isto permite identificar rapidamente padrões de ataque, priorizar eventos que representam risco real e automatizar ações de contenção, como isolar dispositivos comprometidos ou interromper processos maliciosos, reduzindo a probabilidade de propagação de um ataque. Ao centralizar toda a monitorização dos clientes numa única plataforma, o ThreatSync permite uma gestão mais eficiente, acelera a resposta e ajuda as equipas a manter o controlo mesmo durante picos de pressão operacional.
Contudo, proteger contra as ameaças da Black Friday não depende apenas da tecnologia. Exige uma estratégia clara que combine visibilidade, contexto e ação imediata. Isto significa preparar com antecedência, compreender os riscos específicos de cada cliente, priorizar corretamente e recorrer a soluções que reduzam a incerteza quando a pressão é maior.
A diferença entre conter um incidente a tempo ou enfrentar uma interrupção que afeta milhares de transações pode resumir-se a segundos — mas, acima de tudo, à qualidade da informação que sustenta as suas decisões. Se a Black Friday representa um desafio para o retalho, é também uma oportunidade para si, enquanto MSP, demonstrar liderança, eficácia e valor estratégico na proteção do negócio digital dos seus clientes.